Suspensão das exportações continua e só serão aceitas as proteínas com certificado emitido até o dia 3 de setembro. Interrupção do comércio completa 80 dias nesta terça.
As autoridades chinesas liberaram a importação de lotes de carne bovina que foram certificados antes do embargo do dia 4 de setembro, informou nesta terça-feira (23) a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês).
Por outro lado, a suspensão das exportações da proteína do Brasil ao país asiático continua em vigor e completa 80 dias nesta terça.
Os embarques para o país asiático, maior comprador do Brasil, foram interrompidos no dia 4 de setembro, após dois casos atípicos de vaca louca terem sido notificados em Minas Gerais e Mato Grosso.
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A suspensão, determinada pelo próprio governo brasileiro, atendeu a um protocolo sanitário firmado com a China, que prevê interrupção do comércio em caso de identificação da doença.
Por outro lado, a decisão de retomada depende da China, que mantém o veto, mesmo após a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ter informado que as ocorrências não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) avalia que a decisão libera pouco mais de 100 toneladas de carne bovina brasileira que se enquadraria nessa situação. As cargas já estavam a caminho do país asiático quando houve a suspensão da importação.
Para a ministra Tereza Cristina, a liberação desses lotes pela GACC representa um avanço na negociação da retomada das exportações regulares para a China.
“Não existe motivo de preocupação nem para os nossos consumidores nem para os consumidores externos. Essa liberação alivia os nossos exportadores que tinham muitos desses contêineres no mar ou em portos, que serão então liberados para entrarem na China. Agora, temos um próximo passo para liberar a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Estamos em andamento neste processo e espero que isso aconteça ainda no próximo mês”, frisou Tereza Cristina.
Principal mercado
A China é o principal mercado da carne bovina brasileira e compra quase metade das cerca de 2 milhões toneladas que o país exporta.
Com o embargo, as exportações totais de carne do Brasil caíram 43% em outubro, para 108,6 mil toneladas, na comparação com igual mês do ano passado, segundo Abrafrigo.
Em receita, as vendas da carne bovina também diminuíram. No total, o faturamento da exportação chegou a US$ 541,6 milhões no mês passado, uma queda de 31%.
Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.
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