O projeto “A vida como ela é com Endometriose”, que surgiu após uma experiência de vida e morte de uma moradora de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Nidia Meirelles, idealizadora do projeto, tomou como objetivo para sua vida levar informação às mulheres sobre essa doença que é silenciosa e pode matar.
A mesma esteve presente no studio da Rádio A Voz do Povo, onde explicou sobre endometriose e respondeu perguntas dos ouvintes.
Ela contou que após vivenciar de perto os problemas que a endometriose causa, decidiu criar uma página com o mesmo nome do projeto, que logo cresceu. Rapidamente, Nidia criou o grupo "Endometriose Brasil / rede a vida como ela é” e posteriormente um perfil no Instagram.
Apesar de iniciar o projeto nas redes sociais, a moradora da Baixada revela que nunca foi muito familiarizada com a internet e resolveu fazer algo pessoalmente. Assim surgiu uma rede, onde ela ajudava meninas com endometriose com doações de remédios contínuos, além de recolher o cartão do SUS de quem não podia ir na clínica para marcar consulta e agendar para todas. Em sua iniciativa, ela também ajudava dando apoio, orientação e informação.
A oportunidade de fazer algo mais surgiu em um desses dias de marcação de consulta, quando ela ainda estava na clínica e uma diretora veio falar pessoalmente com as pacientes da fila. Nidia não perdeu a chance e sugeriu uma equipe multidisciplinar para atender portadoras de endometriose. Ela foi ouvida e no dia seguinte foi criada a equipe com ginecologista especialista, fisioterapeuta pélvica, psicóloga, ozônio terapia e nutricionista.
Confiram tudo no link clicando aqui.
Além da iniciativa, ela recebeu ainda o apoio da Deputada Federal Daniela do Waguinho, que já estava criando um Dia da Endometriose.
Nidia conta que nunca quis aparecer, mas depois da morte de uma portadora, que faleceu de embolia pulmonar causada pela doença, tudo mudou. Agora o desejo é aumentar o projeto e aparecer cada vez mais. E com esse intuito, ela aceitou o convite da Deputada para fazer palestras por todo o município. “Tenho levado a conscientização da Endometriose a vários cantos do RJ. Sendo convidada para lugares de segunda a domingo.”
Não só a Daniela do Waguinho a notou, como o vereador de Nova Iguaçu, Felipinho Ravis, também se interessou e pediu para que ajudasse na criação de uma Lei para a cidade. Em Belford Roxo outra Lei será sancionada pelo prefeito Waguinho.
“Estou na busca de melhorias para todas as portadoras e sigo querendo levar cada vez mais que cólica incapacitante não é normal. Na verdade, nenhuma dor é normal! Por minhas andanças nestas palestras ouço as pessoas assustadas dizendo que achava que a dor delas era comum, boba e insignificante”, conta Nidia, que não quer parar só na Baixada. “A intenção de buscar uma pauta é que precisamos alcançar o Brasil inteiro, também com mais visibilidade podemos, quem sabe, alcançar outros governantes e assim eles possam se sensibilizar e querer fazer algo para estas mulheres que estão a tantos e tantos anos esquecidas.”
A Endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar. Isso causa uma dor forte que muitas vezes é vista como apenas cólica. “Quantas pessoas que as chamam de frescas quando na verdade a dor é gigantesca chegando a ser cruel. Precisamos de mais visibilidade e de mais entendimento da sociedade.”
Segundo Nidia, o projeto “visa trazer esta mulher para mais perto da sociedade, dando a ela a oportunidade de cursos profissionalizantes. E também a busca de sair da rotina da doença. Por isso, nós pretendemos também fazer passeios com elas logo que a pandemia terminar.“
Para conhecer mais sobre o trabalho de Nidia Meirelles:
No Facebook: A vida como ela é com Endometriose
Grupo no Facebook : Endometriose Brasil / rede a vida como ela é
Instagram: @avidacomoelaecomendometriose.
Nidia Meirelles foi convidada pelo Jornalista Marcio Carvalho, para participar da caravana da rádio a voz do povo, que irá radar a cidade de Belford Roxo a partir de março.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.
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