Há 11 anos a gestora de contratos Nidia Meirelles, de 40 anos, ficou “entre a vida e a morte”, como ela mesma define, e em seguida recebeu o diagnóstico de endometriose. Desde então, ela dedica parte do seu tempo a conscientizar e informar mulheres sobre a doença.
— Depois que saí de uma cirurgia, descobri que tinha endometriose. Fui procurar saber sobre a doença e vi que tinha muita informação em blogs, mas me faltava ainda muitos esclarecimentos e comecei a ler até pesquisa médica — diz.
Nidia esteve aqui no studio da rádio a voz do povo, em um bate papo com nosso jornalista Marcio Carvalho, e ja está convidada para participar da tenda da rádio a voz do povo, prevista para o mês de maio.
Assim, o projeto “A vida como ela é com endometriose” surgiu como um grupo de apoio no Facebook em outubro de 2011. A comunidade conta hoje com 20 mil membros na rede social. O projeto tem como objetivo a doação de medicamentos para o tratamento da doença a mulheres que não podem arcar com os custos. Além disso, Nidia também faz palestras para informar sobre a doença.
— Comecei essa coisa de coletar remédio e consegui uma grande lista de amigos médicos que me fazem essas doações. Aqui em Belford Roxo já foram 5.700 mulheres ajudadas. Quando a gente faz a doação de remédio, a gente explica que é só enquanto ela não puder arcar. Somos um grupo de apoio, toda portadora continua precisando de ajuda, às vezes de uma dica, elas sempre me procuram — afirma Nidia.
O projeto tem apoio da prefeitura, dessa forma, Nidia auxilia as mulheres com diagnóstico de endometriose fazendo a ponte para a equipe multidisciplinar da clínica da mulher da cidade.
O grupo é formado por apenas quatro pessoas: Nidia, o marido, e duas voluntárias, que se dividem entre o atendimento às portadoras de endometriose no Whatsapp e no grupo do Facebook e no marketing do projeto. O próximo passo de Nidia é tentar aumentar a rede de auxílio e buscar parcerias para sustentar o “A vida como ela é com endometriose” com doações.
— Eu decidi que queria aumentar ainda mais o processo de acolhimento das portadoras depois da morte de uma acolhida ano passado. De lá pra cá as coisas intensificaram porque comecei a querer fazer algo maior e temos conseguido — explica.
Além de medicamentos, Nidia também recolhe alimentos para doação. Os vizinhos dela que contribuem.
— A doação de alimento já é contínua, porque as pessoas que moram próximo a mim sabem que a gente faz esse tipo de doação, sempre chega alimento de algum vizinho. A gente está buscando parceria de algumas empresas — diz.
Tentando se especializar ainda mais para se dedicar cada vez ao projeto, Nidia está cursando a faculdade de serviço social e pretende poder se dedicar integralmente ao grupo em breve.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.
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