Os profissionais das Secretarias de Saúde e Educação de Belford Roxo se reuniram nesta terça-feira (26-04) no auditório do Hospital Fluminense, em Areia Branca para uma palestra de apresentação sobre a endometriose.
Em parceria com o Programa Saúde nas Escolas (PSE), o intuito é de passar e alinhar informações sobre a doença para que encontros sejam realizados com os alunos da rede municipal de ensino. Atualmente, são 5.700 mulheres diagnosticadas com endometriose no município. A Clínica da Mulher possui uma equipe multidisciplinar para o tratamento e acompanhamento da paciente.
Para a palestra, a assessora executiva da mulher da Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Mulher, Nídia Meirelles, que também é fundadora do projeto “A vida como ela é com endometriose”, que existe há 11 anos, explicou sobre a endometriose para que todos conhecessem de fato a doença. “E com esse trabalho atraímos ainda mais portadora e pessoas com sintomas e sabem que não é normal que precisam de tratamento. O governo tem feito a diferença na vida dessas mulheres que muitas vezes são esquecidas e taxadas de frescas. Em todo o tempo do meu projeto eu sempre quis chegar nas adolescentes. Essas palestras que fazemos conseguimos atingir meninas de 15 anos. Mas queremos ir a fundo para identificar uma endometriose ou adenomiose no início e proporcionar uma qualidade melhor de vida”, explicou Nídia Meirelles.
Nídia Meirelles é uma das responsáveis pelo grande movimento de conscientização da endometriose na Baixada, até a Deputada Federal Daniela do Waguinho criou a lei que crava o dia 13 de março como dia nacional de conscientização da endometriose.
O diretor das Policlínicas e Especializadas, Admilson Figueiredo, ficou impactado com o número de mulheres com endometriose na cidade. “Todos que participaram da palestra serão multiplicadores. Eu tenho muitas mulheres na minha vida e me preocupo com a saúde delas e também me sinto mais responsável ainda em abraçar e levar para as unidades essa discussão e acolher essa mulher para tratamento”, resumiu Admilson ao lado da responsável pelo PSE, a enfermeira Lucilene Almeida de Souza Portas.
Gravidez na adolescência
A chefe da Divisão do Ensino Fundamental dos Anos Finais, Simone Ramos, tem o público adolescente com faixa etária de 11 a 16 anos. De acordo com ela, as palestras de endometriose serão um desdobramento do projeto de prevenção da gravidez na adolescência. “Além dos alunos, queremos também envolver nossos profissionais e até mesmo os responsáveis dos alunos. Já são 5.700 mulheres diagnosticadas, e as que ainda não foram? Por isso precisamos desse movimento nas escolas para levar informação”, explicou Simone.
A secretária especial de Assistência Social, Cristiane Guedes, marcou presença no evento e informou que o mesmo trabalho já foi realizado nos Centro de Referência da Assistência Social (Cras). “Muitas mulheres que não conheciam a doença descobriram que tem endometriose através da palestra. Por isso é necessário levar essa conscientização para as escolas e unidades de saúde, onde serão transmitidas para as famílias e a conscientização se multiplicar”, concluiu.
Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.
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