Mulher morre após ser atropelada em Caxias; motorista fugiu do local

Uma mulher de 42 anos morreu atropelada, no último dia 13 de outubro, um domingo, na Avenida Presidente Kennedy, em Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. 

O motorista que atropelou e matou Ana Cristina Gomes Silva não prestou socorro e fugiu.

Agora, a família quer justiça e cobra agilidade na investigação do caso.

De acordo com os filhos da vítima, ela havia saído de casa, após uma festa, e seguiu para um bar onde encontraria amigos. Quando atravessava a via, uma das principais do bairro, foi atingida pelo veículo que estaria em alta velocidade.

Imagens feitas por uma pessoa que passava na hora do acidente mostram a dona de casa caída e populares ao seu redor. Seu corpo estava a poucos metros de uma faixa de pedestres.

Após o atropelamento, ela foi socorrida por bombeiros do Quartel de Caxias e encaminhada para Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN). De acordo com o Corpo de Bombeiros, ela tinha fratura exposta em um dos braços, hematomas no rosto e cabeça.

Como Ana Cristina morava sozinha, a família só sentiu sua falta, e passou a procura-la pelos hospitais e até no Instituto Médico Legal (IML), no dia seguinte.

Ana Beatriz da Silva Siqueira, filha de Ana Cristina, conta que a mãe foi encontrada já sem vida.

Testemunhas do acidente disseram aos familiares que Ana Cristina teria rodado três vezes no alto após ser atropelada e que caiu no chão e o carro ainda teria passado por cima dela.

A região tem várias câmeras que podem ter registrado o atropelamento.

A família denuncia ainda que procurou a delegacia e lá disseram que "havia muitas prioridades para serem investigados", por isso a demora para parentes terem pelo menos uma pista do que aconteceu. Por conta própria eles começaram a procurar por câmeras de segurança.

"Depois disso (do atropelamento) resolvemos a questão do enterro e fomos buscar respostas na polícia. Fomos no 15º BPM (Caxias) e o caso dela foi para a 54ª DP (Belford Roxo). Lá eles disseram que tinha que ter o nome do rapaz (que atropelou), a placa do carro e tal. Perguntei se iria ficar por isso mesmo e se não tinha como investigar para saber o que aconteceu, como foi, se o rapaz tinha avançado o sinal, se estava em alta velocidade. (Perguntei ao investigador) se ele poderia dar uma prioridade porque eu havia perdido a minha mãe", conta Ana Beatriz, que completa:

"Ele falou que o meu caso era muito triste, mas que não poderia dar prioridade porque existiam várias prioridades. Ele informou que tudo que acontece aqui (em Gramacho) cai lá e não poderia dar prioridade. O máximo que ele fez foi dar uma requisição de imagens. Mas, eu não sou ninguém para chegar com um papel e pedir uma câmera. Ninguém quis me dar", destacou.

De acordo com a filha da vítima, nenhum comércio quis entregar as imagens. Agora, a família faz um apelo, 17 dias depois do crime.

"Eu estou aqui pedindo e faço um apelo para ajudarem a saber o que aconteceu com a minha mãe. A dor não passa, mas, estamos aqui para saber quem foi, para dar pelo menos um conforto", disse Ana Beatriz.

A dona de casa Ana Cristina deixou três filhos e quatro netos. E um dos filhos dela descobriu que vai ter ser pai e ela não soube da notícias.

O caso foi registrado na 60ª DP (Campos Elíseos), em Duque de Caxias, e segundo o boletim de ocorrência, o caso está sendo investigado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A Polícia Civil ainda não comentou sobre a recusa do investigador da 54ª DP em apurar o caso.

Redação: Jornalismo A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.

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