Bolsonaristas começaram a desmontar o acampamento golpista no Centro do Rio de Janeiro no meio da manhã desta segunda-feira (9). A base estava montada desde meados de novembro.
Por volta das 10h, faixas com dizeres antidemocráticos eram recolhidas das grades que cercavam barracas e tendas na Praça Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Leste (CML), na Avenida Presidente Vargas.
Às 13h30, algumas pessoas ainda desmontavam as estruturas para deixar o local.
Ordem do Supremo
A desocupação atendeu a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF) — na mesma decisão, Moraes afastou Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal.
Na peça, Moraes determinou “a desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes”.
Segundo o ministro, os bolsonaristas acampados cometeram os seguintes crimes:
atos terroristas, inclusive preparatórios;
associação criminosa;
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
ameaça;
perseguição;
incitação ao crime.
A ordem de Moraes veio em resposta ao ato terrorista do domingo, quando bolsonaristas radicais arrombaram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou que a prefeitura, “até a noite de hoje”, iria promover “a retirada de todos os objetos e barracas que ocupam o espaço público tomado por manifestantes que atentam contra a democracia na Praça Duque de Caxias”.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.
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