Motoboy tira calça para provar que não furtou supermercado na Penha

Um vídeo de um mototaxista negro tirando as calças após ser abordado por seguranças do supermercado Guabanara da Penha, na Zona Norte do Rio, viralizou na internet nos últimos dias. 

O caso aconteceu no último dia 31, na véspera de Ano Novo, quando Alex Silva Pereira Faria, de 33 anos, saía do estabelecimento com as compras para um churrasco. O registro já foi assistido por mais de 49 mil pessoas no Twitter. 

Nas imagens, é possível ver Alex ao lado do carrinho com quatro peças de carne já na saída do supermercado. Três seguranças participam da abordagem e conferem a nota com os produtos comprados. Em dado momento, um dos funcionários parece pedir para que Alex levante a calça, ele chega a tentar apalpar o mototaxista, que se revolta. 

Depois da tentativa do segurança, Alex pergunta se eles queriam que ele abaixasse a roupa, mas o profissional, de costas para a filmagem, parece não responder. Na sequência, visivelmente indignado com a situação, o mototaxista abaixa as duas calças que usava (uma de proteção e outra jeans) e fica só de cueca na frente dos profissionais. Os seguranças se afastam após a atitudes. 

Durante o registro, a pessoa que filmou a atitude dos seguranças chega a falar: "Pode processar, pode processar". Alex confirma que vai acionar a Justiça contra o supermercado. "Filma aí que eu vou processar. Aí, tudo pago. Está me abordando errado. Eu vou processar". Após a repercussão, o profissional responsável pela abordagem foi demitido.

Alex entrou com uma ação contra o supermercado no valor de R$ 100 mil em danos morais. O processo também pede a retratação oficial do mercado nas redes sociais. As compras que Alex fazia eram fruto de um rateio de colegas motociclistas que fariam um churrasco. A conta teria ficado em R$ 366,81, segundo a matéria.

Em nota, o Guanabara disse que não tolera nenhuma forma de discriminação e esclareceu que o funcionário envolvido no caso foi mandado embora por não ter impedido o cliente de tirar a roupa. "Embora o funcionário não tenha solicitado que o cliente tirasse a roupa ou fizesse revista íntima, o que é ilegal é vedado pela Constituição Federal, não impediu o comportamento do cliente e, por isso, foi desligado", afirmou.

A rede também disse que tentou contato com o cliente, o que não foi possível pela falta do registro da ocorrência na loja. Por fim, o Guanabara reforçou que possui um ciclo de treinamento, que já ocorre a cada bimestre, junto aos funcionários.

"A empresa reforça ainda que repudia comportamentos que pactuem com qualquer tipo de violência e que tenham caráter discriminatório", finalizou.

 Redação: Jornalismo A Voz do Povo.

Direção: Jornalista Marcio Carvalho. 

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