Ex-jogadora chega na delegacia para depoimento de agressão a entregador

A ex-atleta e professora de vôlei, Sandra Mathias Correia de Sá, chegou na 15ª DP (Gávea) na tarde desta segunda-feira para prestar depoimento no caso que envolve o entregador de aplicativo Max Angelo dos Santos, de 36 anos. 

A mulher, que foi flagrada desferindo chibatadas no homem, já havia sido convocada para depor na quarta-feira passada, mas não compareceu. Sua defesa apresentou um atestado na ocasião, alegando que a sua cliente estaria machucada. Ao chegar, Sandra não falou com os jornalistas. Ele estava acompanhada pelo advogado Roberto Butter, que disse que falará com a imprensa na saída, após o depoimento.

Ela foi filmada agredindo verbal e fisicamente Max Angelo. O caso aconteceu no Domingo de Páscoa e foi registrado como lesão corporal e injúria simples. A polícia avalia se cabe mudar para injúria racial, que tem o mesmo tratamento jurídico de racismo. Em um dos momentos da agressão, a acusada chega a usar a guia para conduzir cães para chicotear o rapaz.

O que aconteceu com Max Ângelo?

A professora de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá desferiu ao menos quatro chibatadas contra o entregador Max Angelo Alves dos Santos no último domingo.

Ao passar por entregadores, começou a atacar verbalmente o grupo, dizendo para eles “voltarem para a favela”.

Max registrou duas ocorrências contra Sandra Mathias, que foi banida de plataforma de delivery após o caso.

Após a repercussão, Max ganhou do iFood uma motocicleta e uma bicicleta elétrica.

Uma vaquinha para entregador agredido por ex-atleta de vôlei comprar casa própria já arrecadou de R$ 100 mil em menos de um dia.

O advogado do entregador, Joab Gama, disse que o seu cliente foi ouvido no dia da agressão, mas espera que ele seja chamado novamente nos próximos dias para complementar o inquérito policial com novas informações. Disse ainda que, muito provavelmente, nesta semana novas testemunhas serão ouvidas pela polícia, no inquérito que apura a injúria racial. Ele espera que ao final do processo, seja feita justiça.

" Meu cliente nunca buscou visibilidade ou auferir qualquer tipo de lucro, mas sim que ela (a acusada) responda de forma criminal e que ao final seja condenada, para servir pelo menos como parâmetro para que outras pessoas não passem pela mesma situação que o Max está passando agora".

Redação: Jornalismo A Voz do Povo.

Direção: Jornalista Marcio Carvalho

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