Suspeito de chefiar uma milícia nos Bairros Miguel Couto e Geneciano, o sargento reformado do Exército Mário Barbosa Marques Junior, o Juninho Van Damme, metralhado com tiros de fuzil, nesta quarta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estava a caminho do Fórum do município, onde seria julgado por um duplo assassinato.
Na ocasião, o PM Wagner Rodrigues Marques e Michele Mattos Marques, respectivamente irmão e cunhada de Van Damme, também morreram atingidos pelos disparos.
O trio foi sepultado, nesta quinta-feira, no Cemitério de Nova Iguaçu. Michele Mattos Marques teve a identificação confirmada no Instituto Médico-Legal da cidade. Ela era mulher do PM. Os três estavam em um Hyundai IX 35, a caminho do Fórum, quando um carro com homens armados interceptou o veículo, na Rua General Rondon, no Bairro Santa Eugênia. Mário e o irmão chegaram a sair do automóvel, mas morreram ao lado do carro, atingidos por vários disparos. Michele morreu no banco traseiro do Hyundai.
Van Damme já havia sido preso, em 2020, por suspeita de chefiar uma milícia nos bairros Miguel Couto e Geneciano e estava em liberdade condicional . Quando o crime aconteceu, ele estava sendo levado pelo irmão e a cunhada para o Fórum de Nova Iguaçu, onde seria julgado pelas mortes de duas pessoas, assassinadas por milicianos em 2015, em Ambaí, localizado no Bairro de Miguel Couto. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, dois homens acusados de participarem do duplo assassinato, junto com o sargento reformado, foram condenados a penas de 45 anos e 33 anos de prisão, respectivamente.
Mário havia deixado a cadeia a pouco mais de dois meses. Ele conseguiu uma medida cautelar e saiu da penitenciária no dia 6 de fevereiro de 2023. Por conta da decisão judicial, que substituiu a prisão preventiva por comparecimento mensal ao juízo da 1ª Vara Criminal do município, ele estava obrigado a comparecer ao local até o quinto dia útil de cada mês. Lá, deveria informar ou justificar suas atuais atividades, bem como revelar alguma mudança eventual de endereço, caso esta ocorresse.
Além do caso que seria julgado, Van Damme respondia por crimes de organização criminosa, tortura, extorsão e porte ilegal de arma de uso restrito, na 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Ele havia sido preso, em fevereiro, de 2020, quando estava no mesmo Hyundai, que foi metralhado nesta quarta-feira. Na ocasião, o veículo foi parado numa blitz do Batalhão de Polícia Rodoviária da PM, em Rio Bonito. Na oportunidade, o militar estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o triplo homicídio e trabalha com a possibilidade de que Juninho seria o principal alvo dos criminosos. Os bandidos fugiram logo após a execução. Peritos recolheram no local do triplo assassinato pelo menos 20 cápsulas de fuzil.
Redação: Jornalismo A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho
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