A família do jovem baleado na porta de um shopping da Zona Norte do Rio diz que o policial reformado que fez o disparo mentiu durante o depoimento à polícia.
Erick Santos, de 22 anos, foi atingido por um tiro na perna depois de uma discussão no último sábado (17).
Segundo o relato, Erick vendia balas nas proximidades do estabelecimento e decidiu comprar um sorvete na praça de alimentação. Ele conta que foi impedido de entrar pelo segurança por estar com as balas.
O pedido do segurança seria para ele guardar a mercadoria dentro da bolsa, mas como ele estava apenas com uma pochete, não era possível. Nessa hora, um outro homem teria se aproximado e se envolvido na discussão. Ele não estava com roupa de segurança, e sim de jeans e camisa polo.
O homem, que é policial reformado, estava armado e deu um tiro na perna do jovem, segundo conta Erick. O disparo teria sido feito depois que ele deu um tapa no celular do homem para que ele parasse de gravar.
“Depois disso, um outro segurança pegou o celular do meu irmão caído e levou lá pra dentro do shopping”, afirma o irmão Samuel dos Santos.
Mesmo com a tensão da situação, eles se sentem aliviados que o tiro foi superficial e não atingiu mais ninguém.
"Poderia ter sido pior, sabe? Meu irmão ainda disse que tinha um casal com uma criança passando na hora do lado", conta Samuel.
O jovem foi levado para o Hospital Getúlio Vargas e, segundo o irmão, teria sido custodiado por suspeita de furto. Do hospital, ele foi para a 27ª DP (Vicente de Carvalho).
Segundo Samuel, ele só recuperou o celular quando já estava na delegacia e o chip havia sido retirado.
Em depoimento, o policial reformado disse que havia reagido a uma tentativa de furto. A família afirma que o aposentado disse que Erick tentou furtar o celular dele e do filho de um segurança do estabelecimento, mas que a acusação seria mentirosa.
Redação: Jornalismo A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho
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