Médica esconde aparelho de lipoaspiração onde cozinheira morreu ao realizar procedimento estético

Imagens de câmeras mostram a cirurgiã plástica Eliana Jimenez Dias carregando um equipamento usado em lipoaspiração no corredor do prédio onde fica o seu consultório na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. 

O local é o mesmo onde a cozinheira Ingrid Ramos Ferreira, de 41 anos, morreu na noite de quinta-feira (15) após realizar um procedimento.

Em depoimento na delegacia, Eliana disse que não estava realizando lipoaspiração na vítima no momento em que ela morreu no consultório.

Segundo a Polícia Civil, essa cirurgia não poderia ser realizada em consultório médico.

“A gente apreendeu esse equipamento. Ele é uma peça-chave porque ela quando esteve aqui na delegacia afirmou que não fez nenhum procedimento, não faria nenhum procedimento invasivo na paciente. Sendo que, na verdade, lá naquele local a gente tinha diversos materiais cirúrgicos e essa bomba, tipicamente utilizada para fazer lipoaspiração”, afirmou o delegado Ângelo Lages.

Materiais vencidos

Uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no consultório na Barra da Tijuca para vistoriar o local nesta sexta-feira (16). No local, os agentes encontraram tubos para coleta de sangue vencidos, além de jarros e mangueiras para lipoaspiração. Os itens não poderiam estar em um consultório.

"Foi encontrado um vasto material, desde prótese de silicone, várias próteses, a canos pra fazer Lipoaspiração, diversos materiais tipicamente utilizados para fazer cirurgias", disse o delegado responsável pelo caso.

A Polícia Civil agora aguarda o resultado da perícia no corpo de Ingrid para afirmar a causa da morte.

Material escondido

Câmeras de segurança da clínica de estética onde Ingrid morreu gravaram a médica Eliana deixando a sala onde realizou o atendimento com uma sacola nas mãos. Ela aparece levando o volume para um outro consultório no mesmo corredor. A família da vítima acredita que a médica tentou esconder o material utilizado no procedimento.

Versão da médica

Em depoimento à polícia, a médica afirmou que estava fazendo um procedimento de correção de cicatrização, uma remoção de um queloide na região do abdômen. Segundo ela, esse seria um procedimento minimamente invasivo.

Eliane explicou que ao aplicar a anestesia local, a paciente começou a convulsionar e ficou em convulsões durante 3 a 4 minutos. A médica afirmou que tentou desobstruir as vias aéreas de Ingrid, tentou fazer manobras de ressuscitação, mas a paciente não respondeu.

 Redação: Jornalismo A Voz do Povo.

Direção: Jornalista Marcio Carvalho

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