Dobrou o número de denúncias sobre intolerância religiosa no Rio

 A morte da ialorixá e líder quilombola Mãe Bernadete, assassinada na Bahia, tem significado semelhante à da morte de Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy, religiosa americana, naturalizada brasileira, membro da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur.

 Defensora do meio ambiente, ela foi assassinada no estado do Pará, apesar de receber continuamente ameaças de morte de madeireiros e proprietários de terras. Já a ialorixá Mãe Bernadete defendia a população quilombola contra a tentativa de tomada das suas terras. O deputado estadual Átila Nunes (MDB), relator da CPI da Intolerância Religiosa na Alerj, fez um levantamento de dados importante. "Eu constatei que dobrou o número de denúncias de preconceito religioso no país: foram 106% a mais num ano. Foram 583 em 2021, pulando para 1,2 mil, em 2022, uma média de três por dia. O estado recordista é São Paulo (270 denúncias), seguido por Rio de Janeiro (219), Bahia (172), Minas Gerais (94) e Rio Grande do Sul (51)". O alerta do parlamentar é que "líderes religiosos não são poupados, sendo que no caso da ialorixá Mãe Bernadete era inequívoco o preconceito religioso, demonstrado várias vezes. A morte de seu filho e o desleixo com que sua segurança foi tratada mostra isso. A proteção 24 horas que foi determinada judicialmente jamais foi cumprida, resumindo-se a uma rápida visita pela ronda policial baiana. O assassinato da Mãe Bernadete, mostra que não se aprende a mais básica das lições da Humanidade: o passado deveria ser uma lição para se meditar, não para se reproduzir".

Redação: Jornalismo A Voz do Povo.

Direção: Jornalista Marcio Carvalho

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