MPF terá identificação de PRF suspeito de entrar em CTI onde menina baleada está internada

O Ministério Público Federal (MPF) terá, nesta segunda-feira, a identificação do agente suspeito de entrar no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Adão Pereira Nunes sem se identificar. 

A unidade de saúde de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é onde está internada a menina Heloísa dos Santos Silva , de 3 anos. A criança foi baleada na coluna e na cabeça durante uma abordagem feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na noite da última quinta-feira. A Menina segue internada em estado grave.

 Instauramos a investigação criminal. Na própria sexta-feira determinei que o pessoal fosse ao hospital para que fizéssemos levantamentos e vissem o estado de saúde. Eles acabaram presenciando parte disso. Um PRF à paisana, com distintivo, mas sem a farda, entrou no CTI. Os agentes do MPF entraram, mas se identificando, passando pelo procedimento de segurança. O PRF disse apenas “assunto policial” e foi entrando. Por que? O que ele estava fazendo? E por que não se identificou? Quem manda no CTI são os médicos — explicou o procurador da República Eduardo Benones 

Objetivo é entender o que exatamente o agente da PRF foi fazer no local.

 A partir de amanhã, temos o primeiro nome (do policial). Nos reuniremos a partir de amanhã. Eles nos anteciparam que sabem quem é esse policial. Mas, agora, quero entender o que ele foi fazer. Temos a informação de que outros dois agentes entraram do mesmo modo. Não entendo o que está acontecendo.

O procurador classificou a situado como, “no mínimo, estranha”:

 Eu não acho um incidente isolado. É estranho, no mínimo. No hospital, havia duas policiais rodoviárias federais ligadas ao setor de direitos humanos da corporação. Esse policial não fazia parte dessa equipe. Além disso, segundo a minha equipe, as duas policiais não estavam no CTI — avaliou o procurador.

A menina estava no carro da família acompanhada dos pais, da tia e de uma irmã, quando disparos foram efetuados contra o veículo. Os parentes dizem que os tiros partiram de agentes da PRF. A família mora em Petrópolis e retornava de Itaguaí, na Região Metropolitana, onde foi passar o feriado de Sete de Setembro.

Heloísa está internada em estado grave no Hospital estadual Adão Pereira Nunes. Em um novo boletim, divulgado na manhã deste domingo, a direção do hospital informou que a criança passou a noite sem intercorrências e que mantém o quadro hemodinâmico. A menina segue entubada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade.

 Redação: Jornalismo A Voz do Povo.

Direção: Jornalista Marcio Carvalho

Deixe seu comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Publicidade