O homem atacado por um bando em Copacabana, no Rio de Janeiro, no sábado (2), e que levou chute e empurrões antes de tomar soco e cair é o empresário do ramo de óticas Marcelo Benchimol, de 67 anos.
As agressões covardes foram flagradas por câmeras de segurança e viralizaram nas redes sociais nos últimos dias. O soco que recebeu nos olhos foi tão forte que ele caiu desacordado na rua.
“Olha, a gente sempre fica com muita raiva, muita revolta, mas tem uns amigos que são mais espiritualizados do que eu, e me recomendaram esquecer isso. Faz melhor para a vida, para alma, dar uma esquecida nisso”, disse Marcelo ao jornal O Globo.
Segundo ele, no início da noite do último sábado, saiu de casa para a academia. Enquanto caminhava pela calçada, avistou uma mulher sendo abordada por um grupo de criminosos, e decidiu ajudá-la.
“Vi a uns 10 metros uma moça sendo atacada. Eu pensei: “ou eu fujo ou eu ajudo ela”. Optei por ajudar. E aí começou a pancadaria, até me desvencilhei, mas depois, por último, veio um rapaz e me deu um soco por trás. Eu estava de óculos, e os óculos enterraram no meu olho, e desmaiei. Só fui acordar na UPA, graças a dois bons policiais que me ajudaram”, relatou Marcelo.
No bolso, Benchimol trazia apenas um “celular velho”, que o ajudava a se guiar nos exercícios, conforme explica a arquiteta Selma Benchimol, de 65 anos, sua esposa.
Neta de imigrantes, assim como Marcelo, Selma conta que as famílias se ergueram no Brasil com muito trabalho, o que faz com que não se conforme com as cenas de terror vividas pelo marido.
“Muita covardia. Não estavam com fome, ou sede. Não eram coitadinhos. Não eram pessoas em situação de miséria, para saírem com aquela força, aquela disposição. É a agressão pela agressão, ele (criminoso) ganhou o quê? Um celular velho? Estavam fazendo arruaça, batendo nas pessoas, até em idoso.”
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Redação: Jornalismo A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho
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