O governo federal recuou e decidiu revogar a norma da Receita Federal sobre monitoramento das movimentações financeiras, incluindo o Pix e outros meios como cartão de crédito, após a repercussão negativa e uma onda de notícias falsas, como a de que haveria cobrança de imposto nas transações.
A informação foi confirmada pelo secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira.Levantamento: Número de transações de Pix tem maior queda desde implementação do sistema após fake news sobre taxação
Encontro às pressas e blindagem do Pix: nos bastidores, como foi reunião em que Lula determinou recuo em norma da Receita Federal
— Nos últimos dias pessoas inescrupulosas distorceram um ato da Receita, causando pânico. Apesar de todo nosso trabalho, esse dano é continuado. Por isso, decidi revogar esse ato — disse o secretário, ao lado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União)
Com a medida, a Receita passou a receber dados de transações das operadoras de cartão de crédito (carteiras digitais) e das fintechs para movimentações acumuladas acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas a partir de 1º de janeiro.
Pix acima de R$ 5 mil: em meio a disseminação de informações falsas, confira mitos e verdades
Isso valia tanto para o Pix como para outras formas de transferência de recursos. Antes, apenas bancos tradicionais eram obrigados a informar os dados (leia mais abaixo).
Além das fake news, com informações falsas divulgadas até mesmo por líderes políticos e religiosos, golpistas aproveitaram o momento para tentar tirar dinheiro de quem usa o Pix. O governo federal já anunciou que pretende acionar a Justiça contra esses criminosos.
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou, na última segunda-feira (13), uma nova pesquisa sobre a corrida presidencial de 2026.
Com a grande polémica que limita a transação de pix para 5 mil reais pessoas físicas e 15 jurídica, a popularidade do atual presidente já começa a cair, nesta primeira pesquisa de 2025 os brasileiros deixam bem claro que a reeleição do presidente pode ser bem mais difícil.
No principal cenário analisado, o presidente Lula lidera com 35,2% das intenções de voto, seguido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 25,3%.
Ciro Gomes aparece em terceiro lugar, com 15,2%, enquanto o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, registra 7,4%, e o governador do Pará, Helder Barbalho, 1,8%. Além disso, 4,3% dos entrevistados declararam estar indecisos, e 10,9% afirmaram que votariam em branco ou nulo.
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