Uma operação policial de grande porte realizada na manhã desta terça-feira (10) no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, causou um verdadeiro colapso no transporte público e no trânsito da cidade.
O tiroteio intenso forçou o fechamento total da Avenida Brasil e da Linha Vermelha nos dois sentidos, além de afetar a circulação de trens, BRTs e ônibus.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR-Rio) colocou a cidade em “Estágio 2” de mobilização às 6h50, diante da gravidade da situação. Por volta das 7h30, a Avenida Brasil foi parcialmente liberada, mas a Linha Vermelha segue interditada em trecho estratégico, afetando diretamente a ligação entre a Zona Norte e o Centro da capital. O trânsito permanece congestionado na região.
A operação, coordenada pela Polícia Civil, contou com o apoio da Polícia Militar e reuniu diversas delegacias especializadas. O alvo é o grupo criminoso Terceiro Comando Puro (TCP), liderado por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”. O grupo é apontado como uma das principais facções do tráfico na região. Até o momento, nove suspeitos foram presos, e as forças de segurança apreenderam três fuzis, granadas e um coquetel molotov.
A ação também teve reflexos diretos na rotina de quem depende do transporte público. A SuperVia suspendeu a circulação de trens entre Gramacho e Saracuruna, no ramal de mesmo nome, devido a disparos de arma de fogo nas proximidades da estação Parada de Lucas. A rede aérea foi danificada, e equipes técnicas aguardam autorização para realizar os reparos. Em outros trechos, os trens circulam com intervalos de até 30 minutos.
O sistema BRT também foi impactado. Segundo a MOBI Rio, a operação do corredor Transbrasil foi interrompida temporariamente em função da violência. Linhas importantes como a 60, 61 e 71 estão circulando com horários irregulares.
Ao menos 50 linhas de ônibus urbanos tiveram alterações ou atrasos, segundo o Rio Ônibus. Dois veículos da empresa Evanil foram atingidos por tiros na Avenida Brasil. Um passageiro e um motorista ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital.
Em nota, a Semove lamentou mais um episódio de violência envolvendo o transporte público e cobrou ações mais eficazes para garantir a segurança de motoristas e passageiros. A entidade reiterou sua colaboração com as forças de segurança e pediu que a população contribua com denúncias anônimas por meio do Disque Denúncia.
A operação continua em andamento, com foco no combate ao crime organizado, mas seu impacto já deixou milhares de cariocas paralisados entre a insegurança e a falta de transporte.
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Redação: Jornalismo A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho
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