A Polícia Civil prendeu 26 pessoas que aplicavam o golpe do empréstimo consignado em idosos e pensionistas, em Niterói. Segundo a polícia, os criminosos se passavam por operadores de telemarketing de bancos. O lucro dos criminosos chegava a R$ 1 milhão por semana.
A operação é um desdobramento de uma outra ação da última sexta-feira, quando 49 pessoas foram presas em um prédio no Centro do Rio.
Além de vários computadores usados para acessar e armazenar os dados das vítimas, o escritório tinha até um quadro para destacar quem conseguia praticar mais golpes.
Segundo a polícia, os bandidos se passavam por operadores de telemarketing, ligando para as pessoas e dizendo que um crédito consignado havia sido contratado por elas.
Quando a vítima dizia não ter solicitado o empréstimo, recebia orientações do falso operador de telemarketing para cancelar o pedido, repassando dados pessoais.
Com essas informações, os criminosos contratavam verdadeiros empréstimos no nome das vítimas.
Segundo o delegado André Prates da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), responsável pelas investigações, a maioria dos presos era de mulheres.
“Via de regra, a voz masculina gera um temor na vítima, né, no interlocutor que tá falando ao telefone, por acreditar se tratar daqueles golpes realizados por presidiários dentro do sistema prisional. A voz feminina, ela traz um pouco mais de acolhimento, reduz a suspeita de que se trata de um golpe", explicou o delegado.
Foi a terceira vez que a polícia civil prendeu pessoas dessa mesma quadrilha. Em uma outra operação, a falsa central de telemarketing era tão grande que a estrutura ocupava três andares de um prédio no centro do Rio. O grupo já era investigado há pelo menos seis meses.
"Na primeira operação, nós prendemos 31 pessoas, na segunda 45 pessoas e nessa última agora, nessa terceira, mais 26 pessoas, né. Ao todo, são mais de 100 pessoas indiciadas, presas que se encontram à disposição da Justiça", afirmou.
Redação: Jornalismo A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho
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