No último mês de sua gestão à frente da Prefeitura de Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho (Republicanos), homologou um contrato emergencial, sem licitação, para serviços de coleta de lixo no valor de R$ 52 milhões. A medida gerou questionamentos e polêmicas, especialmente por ocorrer em meio à transição para a próxima administração.
O contrato foi firmado no dia 5 de dezembro com a empresa Limppar Participações S/A, que já prestou serviços ao município anteriormente. A Limppar enfrenta acusações do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) por um prejuízo estimado em mais de R$ 40 milhões aos cofres públicos de Belford Roxo em contratos anteriores.
Contrato e impacto na próxima gestão
A decisão tomada por Waguinho impactará diretamente a administração de Márcio Canella (União), eleito prefeito nas eleições municipais deste ano. Canella, que assume em janeiro de 2025, derrotou Matheus do Waguinho (Republicanos), sobrinho do atual prefeito e candidato apoiado por ele.
Apesar da homologação do contrato emergencial, a prefeitura já havia aberto uma licitação para a coleta de resíduos, marcada para o dia 22 de janeiro de 2025. Ainda assim, optou por seguir com a contratação direta.
O vereador Markinho Gandra (União-RJ), presidente da Câmara Municipal de Belford Roxo, criticou duramente a decisão e a classificou como parte de uma tentativa de prejudicar a próxima gestão:
“Ele [Waguinho] vem fazendo isso no apagar das luzes. Nós esperamos que o procedimento seja anulado, pois o Legislativo já levou a questão ao Judiciário e aguardamos uma resposta.”
Histórico e polêmica
A empresa Limppar, contratada sem licitação, já possui histórico de atuação na cidade e foi alvo de apontamentos negativos pelo TCE-RJ. Mesmo com a abertura de um novo processo licitatório em andamento, a atual gestão justificou a contratação emergencial pela necessidade imediata de garantir os serviços de coleta de lixo.
Waguinho, que é casado com Daniela Carneiro, ex-ministra do Turismo no governo Lula até julho de 2023, não se manifestou publicamente sobre as críticas.
Repercussão e incertezas
A polêmica contratação reforça a tensão política na cidade, que vive uma transição de governo marcada por embates. O Legislativo local espera que o Judiciário avalie a possibilidade de anular o contrato emergencial, enquanto o futuro governo avalia os desafios que herdará.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Belford Roxo para esclarecimentos, mas não obteve resposta até o fechamento. A empresa Limppar Participações S/A também foi procurada, mas não se pronunciou.
Com um novo governo prestes a assumir, a população de Belford Roxo aguarda os desdobramentos dessa situação, que poderá influenciar os serviços públicos e as finanças municipais nos próximos meses.
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Redação: Jornalismo A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho
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