Homem é preso por suspeita de abuso sexual em spa no Leblon

Um massagista foi preso por suspeita de abusar de uma cliente em um spa de luxo no Leblon, na Zona Sul do Rio, na noite desta quinta-feira (19). 

O homem, de 27 anos, estava fazendo massagem na vítima, quando teria começado a masturbá-la.

De acordo com o depoimento da vítima, ela ficou em estado de choque, mas começou a gritar para que ele parasse e a deixasse sair. Ela contou que ele tentou impedir a saída da sala, mas depois de um tempo liberou a passagem.

A vítima teve que sair do local apenas de toalha e calcinha, e foi acolhida por outras funcionárias - que a desencorajam a denunciá-lo, dizendo que essa situação nunca tinha ocorrido antes.

Segundo a moça, depois de sair do estabelecimento, ela ainda foi acompanhada pela gerente até um restaurante dentro do shopping. A funcionária não queria que a polícia e a família fossem acionados.

Mesmo assim, a moça ligou para o atendimento de emergência da polícia e para uma tia. Quando os agentes chegaram ao local, o suspeito já tinha se retirado.

O suspeito foi preso por policiais militares do 23º BPM (Leblon) e levado para a 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado.

Violência durante massagem

O pacote que a vítima ganhou de presente dava direito para uma sessão de 90 minutos de massagem relaxante. A moça, que tinha feito aniversário essa semana, decidiu aproveitar o presente e conseguiu encaixar o serviço para a noite desta quinta (19).

Ao chegar no local, o funcionário se apresentou a ela como massagista, a levou para a sala e pediu que ela ficasse de calcinha enrolada na toalha. Após receber um papel com óleo relaxante para cheirar, o funcionário iniciou a massagem nas costas da cliente.

Segundo ela, o homem usou bastante óleo nas mãos, para que o material ajudasse a escorregar. Quando chegou na barriga, ele pediu que ela baixasse um pouco a calcinha. Ela, que estava usando uma máscara nos olhos fornecida pelo homem, percebeu que a mão dele escorregou algumas vezes para as partes íntimas dela.

"Ele pediu desculpa, e eu fiquei na dúvida se tinha escorregado mesmo. Conforme ele fazia a massagem na minha virilha, eu sentia muito o dedo dele nas minhas partes íntimas", conta.

"Ele pegou a minha calcinha, afastou para o lado e começou a me masturbar. Eu grudei na cama, fiquei em choque, respirei fundo, foram uns 30 segundos intermináveis e eu lembrei de uma fala da minha mãe perguntando por quê as pessoas não botam a boca no mundo. Nessa hora ele parou e foi para outra perna, eu me levantei e comecei a gritar que ele tinha passado do limite".

"Ninguém entrou no quarto, eu saí enrolada numa manta vermelha, a menina falou: 'Ah, impossível. Ele trabalha aqui há muito tempo e isso nunca aconteceu'. Eu tirei a minha calcinha e comecei a falar que ela estava cheia de óleo, como que eu estava mentindo?", relatou.

Segundo a vítima, ela pediu que a polícia fosse chamada, mas nenhum funcionário do estabelecimento a solicitou.

"Como que eu vou falar pro meu namorado, pra minha família? E a gerente dizendo que eu ganharia uma massagem quando tudo passasse. Ela ficou me desmotivando".

A vítima só conseguiu ajuda via 190, foi nessa hora que ela entendeu que tinha sido abusada.

"A atendente perguntou se eu queria abrir uma ocorrência por estupro, foi nessa hora que eu comecei a chorar e não conseguia mais parar", lamentou.

Redação: Jornalismo A Voz do Povo.

Direção: Jornalista Marcio Carvalho

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